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Writer's pictureRevista Serra

Duas décadas


A Mercearia do Seu Nelito, o mais tradicional 'buteco' do Sargi, foi o primeiro bar da faixa praiana, montado pelo jequieense, Manoelito da Silva Froés, o popular Nelito. Cerveja gelada, carvão, fósforo, itens de primeiras necessidades e de higiene, além do atendimento do próprio, dão singularidade ao ponto de encontro, que existe há 22 anos.


Em 1998 quando chegou à Serra Grande, Nelito, 82 anos, cita que além de pouquíssimas residências não existia comércio. “Aqui só tinha três casas e muito mato. Era assim: acabou o fósforo ou café, tinha de se ir a Serra, por isso abri o comércio. Comecei a vender fiado, fui ficando” ri contando a lista nos dedos.

Boa prosa, Nelito relembra a origem dos visitantes. “Antigamente as praias da Tulha e do Maomã eram do povo de Itabuna. Em Serra Grande eram os de Jequié e Vitória da Conquista, isso antes da chegada dos goianos, paulistas, cariocas, mineiros e gringos”, fala ele que é divorciado e pai de três filhos.


Desmentindo as histórias que contam do lugar, Nelito sentencia: “Mentira e da grossa, que a água do mar chegou até a minha porta. Alagava muito mais do que hoje, mas isso eu nunca vi”, gargalha, ao lado de Igor, funcionário e fiel escudeiro.

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Textos: Nerivaldo Goes 

Fotos: Kika Aidar

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