Compositor, guarda, sambista, criador de versos, mexedor da terra, cordelista.
Múltiplos são os ofícios de Bernadino dos Santos, conhecido como Cascudo, que saiu em 1979, da zona do rio Jiquiriçá, município de Mutuípe (BA), fascinado para conhecer o mar.
“Na época eu ouvia falar do oceano, mas não conhecia. Aí vim em busca de trabalho, mas só tinha praia e mata”.
O filho do recôncavo baiano circulou bastante. “Fui para Ituberá, Buerarema. Logo estava em Uruçuça e comecei a trabalhar. Serra Grande só tinha um mercadinho, onde é a atual Casa Azul, o resto era só mato e uma estradinha de chão batido”, recorda.
Suas composições conectam com os temas atuais. “Quando o óleo chegou fiz uma letra. Agora outra sobre essa doença”, adianta ele em ritmo de forró: “Nosso Brasil é forte, nossa terra é baronil. Adeus corona vírus, vá pra fora do Brasil”, revela os primeiros versos.
Conheça mais sobre os personagens de Serra Grande! A próxima edição da revista trará o perfil do Cascudo.
Personagem incrível de Serra Grande